O xixi escapou, o que fazer?

Situações como essa são bem comuns, principalmente no cotidiano das mulheres. No entanto, faz-se necessário desmistificar e frisar que escape de urina NÃO é normal, e sim tem tratamento e/ou cura.

Afinal, o que é incontinência urinária?

A incontinência urinária (IU) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS), como toda e qualquer perda involuntária de urina. Traduzindo: É aquele xixi que escapa sem que você queira, como, por exemplo, quando você tosse, espirra, ri, pula, pega peso, ou até mesmo quando está muito apertada e não consegue chegar a tempo ao banheiro, molhando a roupa íntima.

“Mas só foi um pinguinho de urina”
Sim, mesmo assim, isso já é incontinência urinária, independente da quantidade de urina que escapou e da frequência que ocorre os episódios de perda urinária. Fique alerta!

Quais são os tipos de incontinência urinária?

Tradicionalmente, a IU é classificada em 3 tipos:

1. Incontinência urinária de esforço: Perda de urina durante atividades que aumentam a pressão abdominal, como tossir, espirrar, dar risada, pular, praticar exercícios físicos, etc.
2. Incontinência urinária de urgência: Perda de urina devido a uma forte e súbita vontade de urinar. Muitas vezes, isso leva ao escape urinário antes mesmo de chegar ao banheiro. Os indivíduos que apresentam este tipo de IU tendem a ir ao banheiro muitas vezes durante o dia e acordar várias vezes à noite para urinar.
3. Incontinência urinária mista: Como o próprio nome sugere, é a combinação da incontinência de urgência e de esforço.

 

 

1 em cada 4 mulheres têm escape de urina

De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a incontinência urinária atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, sendo duas vezes mais comum no sexo feminino. Se engana quem pensa que somente as mulheres idosas e na menopausa são as afetadas. Apesar de ser mais prevalente neste público, mulheres jovens também são acometidas, principalmente as que praticam exercícios físicos de alto impacto.

Quais as causas da incontinência urinária?

Alguns fatores podem predispor, tais como:

• Sexo feminino;
• Constipação (prisão de ventre)
• Idade avançada/ pós menopausa;
• Levantamento crônico de peso;
• Gravidez/ parto;
• Histerectomia (cirurgia de retirada de útero);
• Tabagismo.

Como prevenir a incontinência urinária?

É importante ressaltar que as orientações a seguir são gerais e que variam de acordo com a origem, causa e tipo da IU. Uma das formas é exercitando sua musculatura pélvica por meio de exercícios individualizados de contração e relaxamento dos músculos íntimos, e não, não estou falando de pompoarismo, estou falando de fisioterapia pélvica. Quando os músculos vaginais e anais, estão debilitados, eles não conseguem segurar a urina de forma eficaz, resultando em escapes. Porém, ao praticar a ginástica íntima, um dos vários benefícios é a prevenção da incontinência urinária. Tudo de bom, não é mesmo?

Também é importante ter manejo sobre outros fatores, como por exemplo:

• Manter o peso adequado;
• Evitar ou cessar o tabagismo;
• Prevenir a constipação por meio da ingesta adequada de líquidos, consumo de fibras e prática de exercícios físicos;
• Não segurar a urina por mais de 4 horas e esvazia-la adequadamente;
• Consultar sua fisioterapeuta pélvica para suporte e orientação individualizada.

 

 

Qual o tratamento para a incontinência urinária?

Segundo a Sociedade Internacional de Continência, a fisioterapia pélvica é o padrão OURO, sendo o tratamento de primeira linha para a incontinência urinária. Isso se deve à sua abordagem conservadora, de alta eficácia e capacidade de resolução, muitas vezes eliminando a necessidade de cirurgias ou medicamentos.

Como é realizada a fisioterapia pélvica?

A fisioterapia pélvica é uma especialidade com ênfase na avaliação, diagnóstico e tratamento de queixas pélvicas, como por exemplo, a incontinência urinária. Essa abordagem tem foco nos músculos do assoalho pélvico e nos vários sistemas associados, como o urinário, fecal, ginecológico e sexual.

Após ser examinado e passar por uma avaliação bem criteriosa, com foco na resolução da queixa, o segundo passo é traçar o seu plano de tratamento, totalmente individualizado e personalizado, de acordo com suas necessidades. Após estas etapas cruciais, mãos à obra!

O tratamento normalmente envolve exercícios específicos para fortalecer e/ou relaxar os músculos do assoalho pélvico, com o auxílio de aparelhos próprios para aumentar o controle da bexiga e a consciência muscular. Além disso, são analisados seus hábitos e o comportamento da sua bexiga no seu dia dia. Dessa forma, vou guia-lo, orientando exatamente o que fazer e o que evitar, para assim cessarmos os escapes de urina.

Você também recebe sua prescrição de exercícios íntimos, 100% individualizada, para realizar em casa e comigo no consultório. Além do que, oferecemos todo suporte pelo WhatsApp para sanar quaisquer dúvidas, visando te aproximar cada vez mais da resolução da queixa!

Diga adeus aos absorventes, constrangimentos, restrições sociais e privações por conta dos incômodos escapes de xixi. Não normalize o que não é normal. Chega de adiar e negligenciar sua própria saúde esperando um “momento perfeito”, sendo que esse momento não existe, e o problema só piora. Não deixe a si próprio para depois. Permita-se viver com a máxima segurança e bem estar, estou aqui para te ajudar!

 

Estou com escape de urina, o que fazer?

Em primeiro lugar, é importante ter em mente que perder urina não é normal, independente da quantidade e frequência das perdas urinárias. Esclarecido isso, é preciso ressaltar que as informações contidas neste site não substituem uma consulta com um profissional especializado, afinal, o tratamento é elaborado de forma individualizada, de acordo com suas necessidades e objetivos pessoais. Sendo assim, consulte um profissional especialista.

E se você é de Salvador-BA, sou Allana Luso, fisioterapeuta pélvica. Será uma grande satisfação tê-lo(a) como parte do time de pacientes que viraram a página e alcançaram sucesso ao superar a incontinência urinária. Juntos, vamos vencer esse desafio.

Fonte: https://www.ics.org